GUSTAVO

segunda-feira, novembro 03, 2008

TREINAMENTO INTERVALADO

O treinamento intervalado que visa a preparação individual do atleta e geralmente aplicado em corredores de velocidade, fundo e meio-fundo, apesar de hoje em dia grande parte de equipes de desportos coletivos também utilizarem, é realizado através de uma alternância de estímulos fortes e fracos, com adequado controle psicológico e fisiológico por parte dos atletas, com intervalos de recuperação que podem variar de alguns segundos à vários minutos, dependendo do objetivo, da respectiva modalidade e da recuperação individual do atleta. (McARDLE, KATCH e KATCH, 2003 e TUBINO, 2003)

Geralmente o intervalo de recuperação (alívio), pode ser passivo (repouso-recuperação) e ativo (trabalho-recuperação), variando de acordo com a intensidade e duração do esforço do trabalho, sendo que para o desenvolvimento de atletas que utilizam o sistema energético anaeróbico aláctico, a proporção é de 1 para 3 em relação ao tempo de trabalho executado (performance), para os atletas que dependem do sistema anaeróbico láctico (sistema de energia glicolítico a curto prazo), a relação é de 1 para 2 (o dobro do tempo de trabalho) e para o treinamento do sistema aeróbico, a relação é de 1 para 1 ou 1 para 1,5. (DANTAS, 2003; McARDLE, KATCH e KATCH, 2003)

O Treinamento intervalado com intervalos curtos pode ser utilizado conjuntamente com o treinamento contínuo para uma mesma programação de treinamento, agindo no desenvolvimento da resistência aeróbica (endurance). Esses intervalos curtos permitem que parte do ácido láctico sofra uma ressíntese em glicogênio no fígado, permitindo ao atleta durante o treinamento, a mesma intensidade do esforço a ser realizado logo a seguir. Já o treinamento intervalado com intervalos longos, apesar de também ser conhecido por treinamento de repetições, desenvolve especificamente a resistência anaeróbica, onde grande parte da demanda energética é oriunda da decomposição anaeróbica do glicogênio no citoplasma da célula muscular, fazendo com que esses intervalos longos propiciem um aumento das reservas de glicogênio nos músculos, adaptando a musculatura a suportar as concentrações elevadas de ácido-láctico. (TUBINO, 2003; McARDLE, KATCH e KATCH, 2003)

A intensidade do esforço físico durante o treinamento intervalado, pode ser monitorado com a verificação da freqüência cardíaca de recuperação através de um monitor cardíaco polar (modelo WM41) que monitorará o esforço físico durante a atividade física, podendo variar entre 85% a 100% da freqüência cardíaca máxima. (POWER e HOWLEY, 2005)

É de grande valia, expor que antes e após a aplicação de um treinamento intervalado, é necessário verificar no atleta a sua Freqüência Cardíaca Máxima, a sua Freqüência Cardíaca de esforço e a sua Freqüência Cardíaca de recuperação que deverá estar abaixo de 70% da sua Freqüência Cardíaca Máxima, e caso esta esteja mais alta, é recomendado que o intervalo de recuperação seja aumentado. (DANTAS, 2003; SOUZA; TAVAVES; ALVES et al, 2005)

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